9º ANO: Simulado da Prova Paulista de Língua Portuguesa (2º BIM)
- Jonathan Pessoa
- há 5 dias
- 9 min de leitura
Você deseja aplicar um simulado da Prova Paulista de Língua Portuguesa aos seus alunos? Veja abaixo algumas questões que preparei com base no Material Digital disponibilizado pelo Repositório da Secretaria de Educação (Seduc/SP) para o 2º Bimestre letivo.
QUESTÃO 01
Leia a crônica “Exemplo a imitar”, de Lima Barreto.
Os conselhos municipais de São Paulo e Belo Horizonte acabam de legislar sobre a obrigatoriedade de serem redigidas em língua vernácula* as inscrições de placas, tabuletas, emblemas, rótulos ou denominações de casas comerciais, de diversões, etc.
Os nossos jornais, os daqui, pedem que, à vista de semelhante exemplo, o nosso conselho faça o mesmo e vá até o ponto de exigir que tais emblemas, etc., quando não sejam estritamente sintáticos ou tenham erros ortográficos, mereçam multas e outras punições.
Não há dúvida que a medida merece louvores, mas a nossa língua é tão indisciplinada, que não sei bem como os agentes e guardas fiscais se vão haver para executar a postura.
Supondo mesmo que eles tenham instrução para corrigir ou julgar dos erros das tabuletas, é bem de ver que, à vista dos casos controversos, no que toca ao nosso idioma, eles se vejam em palpos de aranha, para resolver certos casos.
Por exemplo: a Light põe “Larangeiras” com g, mas há quem admita que “Laranjeiras” se deve escrever com “j”. Se a gente for dessa última opinião, pode multar a companhia canadense?
[...]
O projeto chama uma comissão de gramáticos e esta é uma espécie de gente que não se entende.
Mas ainda: uma casa de modas escreve na tabuleta: “modas e confecções”. Todos sabem que esta
última palavra é um crasso* galicismo*, mas por ser crasso é que é usual.
Como há de ser imposta a multa? Nova comissão de gramáticos e grossa descompostura, entre todos os especialistas no gênero.
Estou a ver uma barulharia infernal só por causa de uma inovante postura municipal.
(PORTAL SÃO FRANCISO, [s.d.])
A alternativa cuja oração apresenta um verbo em destaque no modo subjuntivo é:
(A) "Os conselhos [...] acabam de legislar sobre a obrigatoriedade de serem redigidas em língua vernácula...";
(B) "Não há dúvida que a medida merece louvores...";
(C) "Supondo mesmo que eles tenham instrução para corrigir ou julgar dos erros das tabuletas..."
(D) "...a Light põe 'Larangeiras' com g...";
(E) "Estou a ver uma barulharia infernal..."
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QUESTÃO 02
A crônica é um texto que costuma ser curto, geralmente publicado em jornais ou revistas. Aborda acontecimento cotidianos, podendo ter um tom humorístico, crítico ou reflexivo. Embora as crônicas sejam narrativas, com elementos como enredo, personagens e espaço, elas podem também ser descritivas, focando o detalhamento de cenas, pessoas ou ambientes, e até dissertativas, quando oferecem reflexões e argumentações sobre os temas. São características recorrentes em crônicas, exceto:
(A) Linguagem formal, clara e objetiva, de caráter informativo.
(B) Presença de um narrador em primeira (ou terceira ) pessoa.
(C) Poucas personagens, quando há.
(D) Observações do cotidiano.
(E) Estrutura livre, sem necessidade de um desfecho definitivo.
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QUESTÃO 03
Leia o texto abaixo.
O Viúvo
Na véspera de partir para a Europa, o doutor Claudino, sem prever o fúnebre espetáculo de que ia ser testemunha, foi despedir-se do seu velho camarada Tertuliano. Ao aproximar-se da casa, ouviu berreiro de crianças e mulheres, e a voz de Tertuliano, que dominava de vez em quando o alarido* geral, soltando, num tom angustioso, esta palavra: “Xandoca”. O doutor Claudino apressou o passo, e entrou muito aflito em casa do amigo. [...] Tertuliano acabava de enviuvar. Havia meia hora que dona Xandoca, vítima de uma febre puerperal, fechara os olhos para nunca mais abri-los.
O corpo, vestido de seda preta, as mãos cruzadas sobre o peito, estava colocado num canapé, na sala de visitas. [...] Tertuliano, abraçado ao cadáver, soluçava convulsivamente, e todo o seu corpo tremia como tocado por uma pilha elétrica. Os filhos, quatro crianças, a mais velha das quais teria oito anos, rodeavam-no aos gritos. [...]. O doutor Claudino estava impressionadíssimo.
Caíra de supetão no meio daquele espetáculo comovedor, e contemplava atônito o cadáver da pobre senhora que, havia quatro dias, encontrara na rua da Carioca, muito alegre, levando um filho pela mão e outro no ventre, arrastando vaidosa a sua maternidade feliz. Tertuliano, mal que o viu, atirou-se-lhe nos braços, inundando-lhe de lágrimas a gola do casaco; o doutor Claudino estava atordoado, cego, com os vidros do pince-nez* embaçados pelo pranto, que tardou, mas veio discreta, reservadamente, como um pranto que não era da família.
—Isto foi uma surpresa... uma dolorosa surpresa para mim, conseguiu dizer com a voz embargada pela comoção. Parto amanhã para a Europa, no Niger... vinha despedir-me de ti... e dela... de dona Xandoca e... vejo que... que... que... E o doutor Claudino fez uma careta medonha para não soluçar.
—Dispõe de mim, meu velho; estou às tuas ordens, bem sabes.
—Obrigado, disse Tertuliano numa dessas intermitências que se notam nos maiores desabafos [...]. Fazendo grandes esforços para reprimir a explosão das lágrimas, o viúvo contou ao doutor Claudino todos os incidentes da rápida moléstia e da morte de dona Xandoca.
—Uma coisa inexplicável! Nunca a pobre criatura teve um parto tão feliz... A parteira não esperou cinco minutos... Uma criança gorda, bonita... [...]. De repente, uma pontinha de febre que foi aumentando, aumentando... até vir o delírio... Mandei chamar o médico... Quando o médico chegou já ela agoniza... a... va!...
E Tertuliano, prorrompendo* em soluços, abraçou-se de novo ao doutor Claudino. No dia seguinte, a cena foi dolorosíssima. Antes de se fechar o caixão, Tertuliano quis que os filhos beijassem o cadáver, medonhamente intumescido* e decomposto. Ninguém reconheceria dona Xandoca, tão simpática, tão graciosa, naquele montão informe de carne pútrida. Fecharam o caixão, mas Tertuliano agarrou-se a ele e não o queria deixar sair, gritando: — Não consinto! não quero que a levem daqui! — Foi preciso arrancá-lo à força e empurrá-lo para longe. Ele caiu e começou a escabujar* no chão, soltando grandes gritos nervosos. Três senhoras caíram também com espetaculosos ataques. As crianças berravam. Choravam todos. [...]
(AZEVEDO, [s.d.])
Pelas características de redação, é correto afirmar que esse trecho pertence a:
(A) um romance.
(B) um conto.
(C) uma crônica.
(D) uma novela.
(E) uma epopeia.
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QUESTÃO 04
O conto é uma narrativa curta, concisa e ficcional que geralmente apresenta um único conflito central e um número limitado de personagens. Diferentemente do romance, que permite maior desenvolvimento de enredo e personagens, o conto foca em um momento específico ou uma situação particular, buscando causar um impacto rápido e intenso no leitor.
Existem diversos tipos de contos, classificados de acordo com o tema, o estilo ou a intenção do autor. No caso de um conto realista, por exemplo, o autor se põe a retratar situações da vida cotidiana, abordando condições sociais, psicológicas e morais de ambientes e personagens. Ao focar em eventos plausíveis e personagens verossímeis, o conto realista busca, nesse sentido:
(A) misturar elementos do real com o sobrenatural, causando estranhamento e incerteza nos leitores sobre o que é possível ou não.
(B) narrar histórias tradicionais que envolvem magia ou seres encantados, geralmente com finais felizes.
(C) explorar profundamente os conflitos internos e sentimentos dos personagens, focando na complexidade da mente humana.
(D) despertar no leitor uma reflexão sobre a realidade, as relações humanas e as questões sociais, muitas vezes apresentando um espelho da sociedade e dos desafios enfrentados no dia a dia.
(E) analisar temas relacionados à ciência e à tecnologia, muitas vezes ambientado no futuro ou em outros planetas.
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QUESTÃO 05
Leia o poema "A guerra", de Alberto Caeiro:
A guerra
A guerra que aflige com os seus esquadrões o Mundo,
É o tipo perfeito do erro da filosofia.
A guerra, como todo humano, quer alterar.
Mas a guerra, mais do que tudo, quer alterar e alterar muito
E alterar depressa.
Mas a guerra inflige a morte.
E a morte é o desprezo do Universo por nós.
Tendo por consequência a morte, a guerra prova que é falsa.
Sendo falsa, prova que é falso todo o querer alterar.
Deixemos o universo exterior e os outros homens onde a Natureza os pôs.
Tudo é orgulho e inconsciência.
Tudo é querer mexer-se, fazer cousas, deixar rasto.
Para o coração e o comandante dos esquadrões
Regressa aos bocados o universo exterior.
A química direta da Natureza
Não deixa lugar vago para o pensamento.
A humanidade é uma revolta de escravos.
A humanidade é um governo usurpado pelo povo.
Existe porque usurpou, mas erra porque usurpar é não
ter direito.
Deixai existir o mundo exterior e a humanidade natural!
Paz a todas as cousas pré-humanas, mesmo no homem!
Paz à essência inteiramente exterior do Universo!
(CAEIRO, [s.d.])
Uma metáfora foi empregada no seguinte trecho do poema:
(A) “Deixai existir o mundo exterior [...]”
(B) “A humanidade é uma revolta de escravos.”
(C) “Tendo por consequência a morte, a guerra prova que é falsa.”
(D) “A humanidade é um governo usurpado pelo povo.”
(E) “Tudo é orgulho e inconsciência. Tudo é querer mexer-se, fazer cousas, deixar rasto.”
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QUESTÃO 06
O poema é um texto que utiliza a linguagem de forma artística, com foco em ritmo, sonoridade e expressividade. São, desse modo, características recorrentes em poemas formais:
I. A estrutura em versos e estrofes.
II. O uso da linguagem denotativa, uso de figuras de linguagem.
III. O ritmo pode ou não seguir um padrão de métrica.
IV. A expressão de emoções e sentimentos do eu lírico.
Quanto às características do gênero poética, estão corretas as afirmativas:
(A) I e II apenas.
(B) I e III apenas.
(C) I, III e IV apenas.
(D) II, III e IV apenas.
(E) I e IV apenas.
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QUESTÃO 07
Os textos jornalísticos são escritos com o objetivo de informar, formar opinião e entreter o público. Existem, por isso, diferentes gêneros de textos jornalísticos, cada um com suas características e finalidades específicas. Abaixo, apresentamos, por exemplo, os principais gêneros de textos jornalísticos. São eles:
Uma ___________ é um relato de um evento ou fato que é considerado novo, interessante ou importante para um determinado público. Ela pode ser divulgada por diversos meios, como jornais, revistas, rádio, televisão e, cada vez mais, pela internet.
O ___________ é um texto sem assinatura, representando a opinião oficial de um veículo de comunicação, como um jornal, revista ou site. Ele reflete a posição da instituição como um todo e não de uma única pessoa.
O ___________ é assinado por um autor específico, que pode ser um jornalista, colunista, especialista em um determinado assunto ou qualquer pessoa convidada a expressar seu ponto de vista. O texto reflete a opinião pessoal desse autor e não, necessariamente, a do veículo que o publica.
A alternativa que preenche corretamente as lacunas acima é:
(A) Notícia - resenha - artigo de opinião.
(B) Notícia - editorial - artigo de opinião.
(C) Notícia - artigo de opinião - editorial.
(D) Reportagem - artigo de opinião - resenha.
(E) Reportagem - crônica - entrevista.
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QUESTÃO 08
Marque a única alternativa cujo período apresenta apenas artigos indefinidos:
(A) David disse que a sala de jantar é um ambiente agradável e um lugar bastante aconchegante.
(B) Ana Maria é uma profissional especialista na área de ciências biológicas e adora visitar a Chapada Diamantina para realizar as suas pesquisas.
(C) Gustavo é o pai mais zeloso que já conheci e também um excelente marido.
(D) Dê-me apenas mais uma chance, pois tive uma semana bastante difícil.
(E) Passe-me o sal, a pimenta e o azeite, por favor.
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QUESTÃO 09
(COLTEC 2011) Assinale a alternativa em que as duas palavras destacadas na mesma frase têm sentido de ação contrária ou de negação.
(A) – Desafasta, bradou o polícia. E insultou Fabiano, porque ele tinha deixado a bodega sem se despedir.
(B) Fez várias tentativas, inutilmente. O resultado foi secar a garganta. Ergueu-se desapontado.
(C) Ora, o soldado amarelo... Sim, havia um amarelo, criatura desgraçada que ele, Fabiano, desmancharia com um tabefe.
(D) Ouviu o falatório desconexo do bêbedo, caiu numa indecisão dolorosa.
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QUESTÃO 10
(ESA) De acordo com as regras de acentuação, assinale a alternativa em que as palavras receberam acento gráfico por serem classificadas, respectivamente, como: oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
(A) açaí, arquétipo, táctil.
(B) trânsito, baía, ômega.
(C) mocotó, bíceps, exército.
(D) café, alcoólatra, escritório.
(E) dúvida, rubrica, órfã.
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QUESTÃO 11
(IFCE 2014)

Observando-se a sequência da tirinha, o humor do referido texto consiste na(o):
(A) não participação masculina das atividades domésticas.
(B) arrependimento da mulher em ter aceitado a proposta de casamento.
(C) compreensão da mulher em agora entender que o casamento só reduz a tarefas rotineiras, sem tempo de lazer.
(D) implicação de sentido conotativo e denotativo do termo "mão".
(E) falta de habilidade feminina, ao lidar com os serviços domésticos.
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QUESTÃO 12

O anúncio publicitário das facas Tramontina possui cores neutras, de modo a destacar a frase, a imagem do produto e o logotipo da marca. Nele o slogan: "Mais afiada que língua de sogra" apresenta o uso da figura de linguagem denominada:
(A) Metáfora.
(B) Hipérbole.
(C) Símile.
(D) Anáfora.
(E) Personificação.
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